Todo mundo já ouviu esta frase alguma vez, mas será que realmente é verdade? Afinal de contas, qual dos dois recipientes é melhor?
De início é importante adiantar que ambos não transferem características sensoriais para a cerveja, mesmo que passem pelo processo de pasteurização. As latas possuem uma vedação melhor e mais prolongada do líquido, se comparada à das tampinhas das garrafas. A proteção contra exposição à luz também é um fator importantíssimo a ser considerado, visto que os compostos sensoriais de amargor e aroma, advindos do lúpulo, são degradados por esta e podem gerar perdas significativas destes atributos; assim, as latas saem na frente mais uma vez, conseguindo barrar a passagem da luz um pouco mais que o vidro, mesmo que este seja da coloração mais adequada (âmbar). Por outro lado, quando se leva em conta as alterações bruscas de temperatura, outra situação desagradável ao produto, as latas têm a tendência de absorver calor mais rapidamente que o vidro. Já no âmbito ecológico, ambos os materiais têm resultados positivos, tanto na circulação de engradados de vidro retornáveis, quanto na alta reciclagem de latinhas.
Há alguns anos, o enlatamento enfrentava um ponto negativo de ser restrito apenas à grandes cervejarias; mas, com o passar do tempo, foi possível o investimento da técnica pelas cervejarias menores, chegando à famosa lata de 473 mL, que hoje vemos em grande parte do mercado de cerveja artesanal. Pode-se concluir que, no geral, pela praticidade e maior proteção do líquido, a lata acaba saindo levemente na frente em alguns pontos, comparando-se à garrafa de vidro. Contudo, ambos os recipientes são perfeitamente adequados para que a tão querida cerveja chegue com qualidade até nossos copos.